2 de Abril: Dia de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista
2 de abril de 2025Psicóloga Mariana Agracia Prado Rodacki
CRP- 08/30888
O dia 2 de abril é a data dedicada à conscientização mundial sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma condição que afeta o desenvolvimento cerebral e a forma como a pessoa percebe o mundo e interage com as outras. Cada pessoa com TEA é única, pois suas características e a intensidade com que o transtorno se manifesta variam amplamente. Embora o autismo tenha sido descrito pela primeira vez na década de 1940, a visão atual do TEA como um espectro amplo, que abrange diferentes desafios e particularidades, só foi consolidada com a revisão do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V) em 2013.
O TEA pode se manifestar de diversas formas e varia de pessoa para pessoa. Alguns indivíduos enfrentam desafios na interação social, na interpretação de expressões faciais e na compreensão da linguagem corporal. Além disso, é comum que apresentem interesses específicos e padrões de comportamento repetitivos. Enquanto outros necessitam de apoio contínuo, alguns desenvolvem um alto grau de autonomia.
O diagnóstico precoce na infância é muito importante, pois possibilita intervenções mais eficazes e um suporte adequado ao desenvolvimento da criança com TEA. Quando diagnosticado nos primeiros anos de vida, oportuniza a possiblidade de iniciar terapias que auxiliam na comunicação, na socialização e na adaptação ao ambiente, promovendo mais autonomia e qualidade de vida.
Por outro lado, muitas pessoas chegam à vida adulta sem um diagnóstico, descobrindo o TEA apenas mais tarde. Para essas pessoas, o diagnóstico pode representar um momento de grande transformação, ajudando a entender dificuldades enfrentadas ao longo da vida, como desafios na socialização e sensibilidade a estímulos, que antes pareciam lacunas que nunca eram preenchidas por explicações e causavam grandes incertezas. Essa descoberta pode abrir portas para apoio psicológico, adaptações no ambiente de trabalho e uma compreensão mais profunda sobre si.
O diagnóstico do TEA deve ser feito por profissionais especializados, como médicos (neurologistas, neuropediatras, psiquiatras) e psicólogos, que utilizam avaliações específicas e análise clínica para chegar a um resultado fidedigno.
Além disso, a inclusão é fundamental para garantir qualidade de vida às pessoas com TEA. Criar ambientes acessíveis, oferecer suporte educacional adequado e promover a conscientização sobre a neurodiversidade são passos essenciais para a construção de uma sociedade mais acolhedora. O acolhimento e o suporte adequado fazem toda a diferença, garantindo que cada pessoa possa trilhar seu próprio caminho com dignidade e autonomia.
Alguns caminhos que podem fazer a diferença:
Diagnóstico e Avaliação: O primeiro passo com Cuidado e Atenção
- Procurar um neurologista, psiquiatra ou neuropediatra que avalie cada detalhe com sensibilidade e conhecimento.
- Contar com o apoio de um psicólogo especializado, que além de ajudar no diagnóstico, pode oferecer suporte emocional durante o processo.
- Realizar testes neuropsicológicos, que podem ajudar a entender melhor as habilidades e desafios de cada pessoa, direcionando os melhores caminhos de suporte terapêutico.
Terapias que Acolhem e Potencializam Habilidades
- A terapia comportamental, pode auxiliar no desenvolvimento da comunicação e da interação social, sempre respeitando o tempo e a individualidade de cada pessoa.
- O acompanhamento com um fonoaudiólogo pode ser essencial para fortalecer a comunicação, seja ela verbal ou alternativa, ajudando a tornar o dia a dia mais acessível.
- A terapia ocupacional pode contribuir para a autonomia, auxiliando no desenvolvimento de habilidades motoras e na adaptação a diferentes ambientes e atividades.
Educação Inclusiva: Respeito e Oportunidades
- Buscar uma escola que valorize a inclusão, garantindo um ambiente onde a pessoa com TEA se sinta acolhida e estimulada.
- Quando necessário, fazer adaptações no currículo para que o ensino seja acessível e significativo.
- Contar com um professor mediador ou tutor pode ser um grande diferencial no suporte ao aprendizado e no desenvolvimento das potencialidades.
Mais do que um conjunto de encaminhamentos, essas ações representam um caminho para promover autonomia, respeito e qualidade de vida. É importante garantir que cada pessoa com TEA possa crescer e se desenvolver no seu próprio ritmo, com o apoio necessário para explorar todo o seu potencial.
Nós, da Plenus Mente e Cuidado, podemos auxiliar nesse caminho!
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