Epilepsia e Psicoterapia
25 de março de 2024Dia 26/03 – Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia
Por Psic. Carla S. B. Lauer
CRP 08/18606
O que é?
A epilepsia é uma condição neurológica crônica que afeta o sistema nervoso central, mais especificamente o cérebro, afetando milhões de pessoas em todo o mundo, independentemente de idade, etnia, ou situação socioeconômica. É caracterizada por uma atividade cerebral anormal e excessiva, que resulta em convulsões recorrentes ou episódios de atividade elétrica cerebral anormal. Essas convulsões podem variar em intensidade e manifestação, desde episódios breves de ausência (“a memória apaga”) até convulsões mais severas, que podem envolver movimentos involuntários, perda de consciência e alterações sensoriais.
O que causa Epilepsia?
As causas da epilepsia podem ser diversas, incluindo predisposição genética, lesões cerebrais, anomalias no desenvolvimento cerebral, infecções cerebrais, traumas cranianos, entre outros fatores. Em muitos casos, a causa específica pode não ser identificada.
Tenho epilepsia, e agora?
Embora a epilepsia possa ser uma condição desafiadora de se viver, é importante ressaltar que a maioria das pessoas com epilepsia pode levar uma vida plena e produtiva com o tratamento adequado. Isso geralmente envolve o uso de medicamentos anticonvulsivantes, embora, em quadros mais raros, cirurgia ou outras intervenções possam ser necessárias. Consultar um médico neurologista é fundamental para o tratamento, pois ele é o profissional em condições de avaliar riscos, compreender a intensidade da doença e realizar as prescrições adequadas a cada caso.
A epilepsia afeta a saúde mental?
O impacto da epilepsia na vida das pessoas é multifacetado e pode ser profundo. Afeta tanto os pacientes, quanto os familiares ou pessoas de convívio próximo. Inicialmente, existem os desafios físicos associados às convulsões, que podem ser imprevisíveis e potencialmente perigosas, afetando a segurança e a independência das pessoas afetadas. Aliados aos acometimentos físicos, pode haver um impacto significativo nos aspectos emocionais. Muitas pessoas com epilepsia vivenciam estresse, ansiedade e depressão devido à incerteza em torno de quando uma convulsão pode ocorrer, bem como ao estigma social associado à condição. O medo do estigma e da discriminação pode levar ao isolamento social e à perda de oportunidades de interação social e desenvolvimento pessoal.
A psicoterapia pode auxiliar na compreensão de si mediante as particularidades experienciadas com o diagnóstico. É também grande aliada para que o indivíduo não se sinta restrito, com perda de sua independência. O apoio psicossocial é fundamental para a pessoa viver, se desenvolver, trabalhar, estudar…. tudo para viver plenamente!