Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson

11 de abril de 2025

Débora Cristina Sanches
CRP 08/17691


No dia 11 de abril é celebrado o dia mundial da conscientização da Doença de Parkinson. Trata-se de um Transtorno Neurocognitivo, causado pela redução progressiva da Dopamina (neurotransmissor), e estima-se que a condição afeta 11 milhões de pessoas no mundo.
Para conscientização é fundamental conhecer os sintomas de manifestação da doença que atinge o Sistema Nervoso Central, principalmente o sistema motor, responsável pelos movimentos. Alguns dos sintomas mais comuns são:
– A redução nos movimentos, principalmente da velocidade e da amplitude, levando a lentidão;
– Os tremores involuntários, principalmente durante o repouso, atingindo mãos e dedos;
– A rigidez da musculatura;
– A dificuldade em manter a postura e o equilíbrio, propiciando quedas.
Alguns dos fatores de risco e predisponentes da doença incluem: genética, avanço da idade (a maioria dos casos ocorre após os 55 anos), fatores ambientais (exposição a produtos tóxicos, traumas cranioencefálicos, uso de alguns tipos de medicações).

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da Doença de Parkinson é clínico, deve ser feito por um médico neurologista, que irá avaliar o histórico em saúde do paciente, fará o exame físico detalhado, e irá avaliar a necessidade de exames complementares. O tratamento busca auxiliar no controle de sintomas e promover a qualidade de vida do paciente, alguns estudos indicam que a melhor estratégia para diminuir os impactos da progressão da doença é a atividade física.

O tratamento poderá incluir o uso de medicações específicas prescritas pelo médico, fisioterapia, acompanhamento com fonoaudiólogo, exercícios físicos e o acompanhamento psicológico. Existem ainda indicações de tratamentos como o ultrassom de alta intensidade (HIFU), e a estimulação cerebral profunda (DBS).
As comorbidades mais frequentes em saúde mental incluem sintomas ansiosos, depressivos, transtornos do sono, e prejuízos cognitivos.

Os aspectos emocionais são extremamente relevantes no tratamento, já que o diagnóstico impõe alguns impactos na saúde global do paciente e de seus familiares, que podem experimentar oscilações no humor, sentimentos e emoções relacionadas ao novo contexto, e a vivência do processo de aceitação e adaptação que pode variar de acordo com as interpretações de cada indivíduo.

Essas manifestações devem ser avaliadas de acordo com sua frequência, intensidade e prejuízos, pelos profissionais de saúde mental, psicólogos e psiquiatras. Os sintomas motores com frequência são acompanhados de depressão, impactos no padrão de sono, apatia e declínio cognitivo. Os familiares do paciente por vezes também precisam de suporte adequado para lidar com as implicações da doença, abrindo possibilidades para uma relação mais adaptativa diante do novo contexto.

O paciente pode encontrar no acompanhamento psicológico um lugar seguro para lidar com suas percepções e desafios diante do diagnóstico, compreender a doença como parte de um todo, e assim seguir construindo uma vida baseada em seus valores. Por vezes o paciente também irá se beneficiar do trabalho com estímulo cognitivo, a depender das demandas individuais.

As causas da Doença de Parkinson não são bem estabelecidas pela literatura, assim não são conhecidas formas efetivas de prevenção, porém um estilo de vida que priorize a prática de atividade física com regularidade, uma alimentação saudável e cuidados com a saúde mental, que estimulam a neuroplasticidade do cérebro (capacidade de gerar adaptações e modificações), como aprender coisas novas e se relacionar socialmente, podem atuar como fatores protetivos.

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